terça-feira, 1 de janeiro de 2013

desabafo..




Puta que pariu! Parece de propósito, calculado, mas não! Venho sempre aqui, aliás, me lembro de postar somente em Janeiros? Me dêem alguma teoria, por favor.
Mas é realmente engraçado, talvez seja porque não ligo pra ano novo, e ao mesmo tempo isso me sufoca, me prende tanto, com todas essas pessoas me cercando todos os dias falando que em "ano novo" deve-se cultivar esperanças, amor e coisas do tipo?! Realmente, me provoca um turbilhão de idéias, de pensamentos e me faz vir aqui.
Mas o que será que essas pessoas realmente pensam? Será que por falta de amor? De Religião? Acredito que as pessoas no fundo, a realidade é outra. Essa máscara de que está tudo perfeito, que é tudo lindo e "doce". É, eu acho uma boa idéia disfarçarmos nossas dores, nossas aflições, nossos receios.. em uma mesa de bar, dividindo falsidades e pensamentos tolos de um próximo ano que está por vir.
Não quero ser radical, muito menos revoltada, mas suponho que cada um deve honrar suas escolhas, e que cabe ao outro entendê-las. Será que o ser humano é tão medíocre assim? Faz com que empurremos com a barriga toda a alienação de uma sociedade capitalista?
Que no mais, a sociedade vive de cada centavo que você sai para consumir, que o capitalismo te interfere tanto a ponto de ter comidas, bebidas caras e faltar amor e respeito pelo próximo? Onde vai parar o espírito de paz? de Fraternidade? De amor? A sociedade aliena as pessoas de modo que o que importa são as roupas caras, a boa aparência, a boa postura. Mas para você o que realmente importa? Será que isso tudo vale a pena quando não existe sequer respeito? Será que a sociedade é tão poderosa que te rouba a capacidade de entender, de considerar o espaço do próximo? Quando eu falo que tudo que vivemos a metade, ou mais é falsidade, não estou julgando ter a mania de falar algo em que não tenho vivido. Na minha lei, o que eu tenho aprendido é isso, e nada mais do que sentir a verdadeira realidade dos fatos. Às vezes, esse ponto de vista revoltado e crítico costuma me afastar das pessoas, e acredito que se eu continuar assim, poucas e raras pessoas irão estar caminhando ao meu lado. O que para mim também não importa, a não ser que eu fique velha e arrogante em uma cadeira de hospital ou asilo sem sequer uma visita familiar ou algo do tipo. Mas o que eu quero dizer é que na realidade, a maior parte do tempo estamos vivendo um mundo de mentiras, de contos. Onde tudo é perfeito, onde tudo é bonito. O  que na verdade, é que fechamos os olhos para a sociedade, e construímos uma ponte de futilidades, de vaidades. Me diga quantas pessoas falam de fé? De Deus? De perdão? Quantas pessoas que falam de amor, não para de ajuda alguém que tem fome? Quantas pessoas que falam de perdão, e não quer sequer perdoar uma dor? Quantas pessoas falaram de solidariedade, e não ajuda alguém que perdeu alguém próximo e precisa somente de uma palavra de conforto? E por fim, quantas pessoas dizem amar, e o que realmente fazem é ferir, humilhar, e destruir o amor do outro?
São tantas indagações e acredito, todas essas, algumas nunca terei respostas, mas não irei me calar, pelo menos em meus pensamentos, vou tentando compreender essa sociedade de pessoas que se diz ajudar o próximo e não se importa ao menos em perguntar como ela está, de está bem ou coisa do tipo. Acredito um dia, achar algumas respostas para minhas perguntas, nem que eu a encontre em um outro lugar, e um outro planeta. O que importa é um dia, encontrá-las.


O ser humano vivência a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior.
Albert Einstein

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Eu sou uma contradição ambulante, na maior parte do tempo. As únicas coisas claras são os sentimentos, esses eu sempre conheço, sempre sei do que se trata, mas prefiro não nomear. O nomear é bem mais difícil do que o sentir...